A jornalista Giulianna Altimari lançou este mês o livro Rituais da Umbanda: Velas e Símbolos, que aborda o universo da religião afro-brasileira fundada por Zélio Fernandino de Moraes em 1908. A ideia da obra é ser um pequeno manual para iniciantes e frequentadores assíduos dos terreiros, com a intenção de difundir de forma respeitosa a religião.
Publicado pela editora Umanos, a obra foi contemplada pela Lei Aldir Blanc, por meio de um edital da Prefeitura de Cuiabá. O livro agora será distribuído gratuitamente em bibliotecas, escolas, centros de cultura de matriz africana e Centros Espíritas, conforme conta a autora.
Segundo Altimari, o difícil processo de isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 foi o que fez com surgisse o mergulho na obra. Escritora de primeira viagem, a jornalista, que também é bacharel em Direito, colunista social, radialista e terapeuta holística, decidiu se dedicar a explicar ensinamentos sobre o uso das velas, das cores, dos rituais e mandalas da Umbanda.
Iniciada mãe de santo na Umbanda, por Maria José Matos fundadora do Centro Espírita Pai Jeremias em Cuiabá, onde atende também no Centro Nossa Senhora do Carmo (Jardim Imperial). Em chapada dos Guimarães fundou o Centro Espírita Santa Sara Kali e São Francisco de Assis. Devota de Santa Sara Kali, realiza todos os anos a Festa Cigana em homenagem a este povo musical e sem fronteiras.
Conduzida pela mãe Wanira Altimari, estudou Kardec, e na Umbanda encontrou seu caminho espiritual. Seguindo a tradição de família, ensina para Paola Altimari, sua única filha, o caminho da sensibilidade e os princípios básicos da religião, continuando a tradição.
Para a autora, a Lei Aldir Blanc foi de suma importância para que projeto pudesse se tornar realidade. “A Lei Aldir Blanc, veio abrir caminho aos noveis escritores, que exercitam o estudo, a pesquisa, a criatividade colocando no papel a sensibilidade, a visão de mundo, expressando a fé individual”. A obra contou com o apoio de nomes como do advogado Dionildo Gomes Campos, do fotógrafo João Almeida e da professora Gilda Portela.
Fonte: PNB Online