O papel da Umbanda na sociedade brasileira

A Umbanda é uma religião brasileira que surgiu no início do século XX, resultado da fusão de diversas tradições religiosas, como o Catolicismo, Espiritismo e religiões africanas. Ela se caracteriza pela crença em uma entidade divina suprema, Olorum, e na existência de espíritos que atuam como intermediários entre o mundo espiritual e o mundo material.

A Umbanda é uma religião que se enraizou profundamente na cultura brasileira e possui uma grande influência na sociedade. Seus cultos, cerimônias e rituais são realizados em terreiros, que podem ser encontrados em diversas regiões do país, principalmente nas regiões sudeste e nordeste.

Um dos principais papéis da Umbanda na sociedade é o de promover a inclusão social. Ela acolhe pessoas de todas as raças, classes sociais e orientações sexuais, sem preconceitos ou discriminações. Além disso, a Umbanda tem um papel importante na ajuda aos mais necessitados, realizando ações solidárias como doação de alimentos, roupas e outros itens.

Outro papel importante da Umbanda na sociedade é o de preservação da cultura afro-brasileira. A religião é uma forma de manter viva as tradições e rituais dos povos africanos, que foram trazidos ao Brasil durante o período da escravidão.

A Umbanda também tem um papel importante na promoção da paz e da harmonia entre as pessoas. Ela ensina valores como o respeito, a tolerância e a compaixão, que são essenciais para uma convivência saudável e pacífica.

No entanto, a Umbanda ainda enfrenta preconceitos e estereótipos em nossa sociedade. Muitas pessoas ainda a veem como uma religião inferior, associada a práticas obscuras e malignas. Esses estereótipos são frutos da falta de conhecimento e da intolerância religiosa que ainda existem em nosso país.

Por isso, é fundamental que se promova o diálogo e o respeito entre as diversas religiões presentes em nossa sociedade, para que todas possam ser compreendidas e respeitadas em sua diversidade. A Umbanda tem um papel importante nesse processo, ao mostrar que é possível viver em harmonia, respeitando as diferenças e cultivando a paz e a solidariedade.

Uso de guias na Umbanda

Muita gente pergunta qual o significado das guias (colares)?

Essas guias são colares que todos usam, a começar pela guia de Oxalá e tem significado duplo: primeiro o de proteção, depois de doação. Somente após o Amanci é que podemos usar as demais, que são guias dos diversos Orixás. Lembrando que todas as guias devem ser fechadas por um Pai de Santo.

As guias brancas induzem às coisas puras, além de terem caráter refletor.

As vermelhas são úteis para repulsar cargas negativas.

As amarelas para refutar o mau-olhado.

As verdes limpam o pensamento atraindo a cura.

As azuis são calmantes.

As de cor rosa elevam a nossa mente.

As pretas para contactar as forças inferiores negativas.

Devemos lembrar que no Candomblé a cor das guias está associada aos Orixás, o que confundem algumas pessoas, pois na Umbanda seguem o cromatismo, uma vez que para os Orixás existe uma cor energética que varia de um lugar para outro.

Na Umbanda, as cores energéticas dos Orixás e de sua verdadeira vibração são:

Orixalá – branco.
Ogum – alaranjado.
Oxossi – azul.
Xangô – verde.
Yorimá – violeta.
Yori – vermelho.
Yemanjá – amarelo.

Temos os guias naturais que são feitos a partir de elementos naturais.

Elementos minerais – pedras preciosas, semipreciosas, rochas, cristais.
Elementos vegetais – favas, sementes, caules, frutos.
Elementos animais – conchas, búzios, ossos.
Efeito talismânico – Uma guia precisa ser imantada, se não for seu valor protetor será nulo, apenas um enfeite. Outro erro: a quantidade de guia no pescoço, lembre-se de que quantidade não é qualidade. A entidade protege o aparelho e não elas próprias.

Muita paz e amor para nossos corações, ótimo dia para vocês!

Beijos,

Márcia Fernandes

Umbanda: Um ato de resistência da espiritualidade!

15 de novembro é o Dia Nacional da Umbanda, a data que o Caboclo da Sete Encruzilhadas desceu em terra no corpo do médium Zélio Fernandino de Moraes, em 1908. Ali, naquele dia, foi traçado como seria a religião Umbanda. O que era, qual forma de trabalho e como seriam dessa nova religião chamada de UMBANDA.

Porém, muito antes disso acontecer, pelos bairro do Rio de Janeiro, já existiam as famosas “macumbas cariocas”. Caboclos, pretos velhos, já desciam ali, em terra para dar suas consultas e seus passes. Dentro de centros espíritas kardecistas essas entidades eram mal vistas, sendo expulsas e não podendo mostrar seu conhecimento diante da espiritualidade. Apenas médicos, advogados, freis e etc, com um português corretíssimo poderiam descer em suas sessões.

O preconceito com quem “sabia menos” era explícito, mesmo dentro da espiritualidade. Foi necessário que, naquele dia um espírito plasmado “para quem tivesse olhos para ver”, viesse em um frei. A voz veio com um português “errado” e ali mesmo foi mostrado que quem estava presente era o espírito de um caboclo, um índio natural dessa terra que chamamos de Brasil! Provavelmente foi morto no genocídio indígena que houve nessa terra em que eles são os verdadeiros donos!

Caboclo das Sete Encruzilhadas: onde não existe caminhos fechados para onde ele possa caminhar. Esse espírito era um ato de resistência e disse à todos daquele centro espírita:

“Com os que sabem mais, aprenderemos.

Aos que sabem menos, ensinaremos.

Mas a ninguém viraremos as costas!”

Assim a Umbanda nasceu e é uma religião de resistência! Pretos Velhos, crianças, índios, mulheres, baianos e outras entidades são aceitas. Uma religião que tem a macumba carioca, o culto à Jurema, a encantaria brasileira, o ato do benzimento, o culto ao orixá. Mostra a sua força uma religião que não pode se calar!

O preto velho que veio à força e arrancado de seu país, tem história! E uma história muito antes de 1908. A cura com ervas e com rezos.

O índio, famoso caboclo tem a sua história quase apagada. Eles que são os verdadeiros donos de nossa terra e que trabalham com seus bate folhas.

Cada um com sua magia, do caboclo ao Exu.

A Umbanda já tem história, antes de entrar na história.

A Umbanda é a religião que mais agrega e não pode ser silenciada.

Parabéns a nossa amada religião que desde sempre mostrou força e resistência. Seja no Brado do caboclo ou ao enfrentar o elitismo de uma religião que só aceitava doutores.

A umbanda nos faz aprender com crianças, na sua risada, doçura e ternura.

A Umbanda sempre foi e sempre será uma religião de resistência, amor, carinho e compaixão!

Viva a Umbanda! Viva a macumba carioca!!

TEXTO: Diego Agassi | Terapeuta Holístico, Oraculista e Sacerdote de Umbanda

Fonte: Terra

São Cosme e Damião: a história e o sincretismo dos santos gêmeos

O Brasil, apesar de laico, possui devotos de diversas religiões. Isso porque o país é caracterizado pelo sincretismo religioso, em especial pela confluência entre o catolicismo, as religiões de matriz africana e as tradições indígenas. Assim, no dia 26 (para os católicos) e 27 de setembro (para umbandistas e candomblecistas), comemora-se o Dia de Cosme e Damião.

Cosme e Damião eram dois irmãos gêmeos que possuíam o dom da cura e da medicina. Com isso, ficaram conhecidos por prestar assistência médica aos pobres e aos animais sem custo. Por esse motivo, hoje consideram-se os santos protetores dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos.

No entanto, por conta das festividades da Umbanda, como a distribuição de doces e refrigerantes, e a representação de orixás infantis, os irmãos ficaram conhecidos também como protetores das crianças. Além disso, em ambas as religiões, Cosme e Damião também são os guardiões de irmãos gêmeos.

Embora não sejam as mesmas figuras na Umbanda e no Catolicismo, suas histórias são muito parecidas. Daí o sincretismo.

Oração de São Cosme e Damião para Proteção

“São Cosme e Damião, vós que dedicares as vossas vidas e o vosso tempo à cura do corpo e da alma. Vós que trabalhastes pelo próximo sem exigir nada em troca, além de sua gratidão.

Peço-vos que iluminem aos médicos, enfermeiros e farmacêuticos, para que tenham a luz do vosso amor em seus corações e para que trabalhem no amor de Deus pelas enfermidades do homem.

Que vosso amor ilumine a todos os corações, para que todos os homens trabalhem em função de sua fé. Que sua inocência e simplicidade protejam sempre a todas as crianças deste mundo. Eu lhes peço ainda, São Cosme e Damião que a sua proteção guie o meu coração.

Que conserve-o sincero e paciente, para que eu saiba ajudar, espalhar o meu amor e auxiliar no zelo pelo futuro das nossas crianças. São Cosme e Damião rogai por mim, por nós e pelos pequeninos”.

A História de São Cosme e Damião no Catolicismo

Cosme e Damião nasceram por volta de 260 d.C, na cidade de Egéia, na Arábia, e eram os filhos gêmeos de uma família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou a eles tudo sobre Jesus Cristo, de tal modo que a devoção tornou-se o centro de suas vidas.

Ainda jovens, os irmãos foram estudar na Síria, grande centro de formação na época. Lá se especializaram nas ciências e na medicina, áreas nas quais passaram a atuar de forma exitosa.

Com isso, decidiram espalhar os ensinamentos de Jesus por meio de suas competências médicas. Dessa forma, eles atendiam e curavam pessoas enfermas e animais feridos de forma gratuita. Através de seus atendimentos, pregavam o evangelho sem nenhuma imposição, mas sim, com o exemplo de compaixão, empatia e amor.

Todavia, o Imperador romano Diocleciano, havia lançado uma grande perseguição aos cristãos na época. Por esse motivo, Cosme e Damião foram presos, acusados de feitiçaria e de pregar uma religião proibida.

Dessa forma, os irmãos foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas. No entanto, eles não morreram. Diocleciano ordenou então que fossem queimados em praça pública. Novamente foi em vão. Os soldados, por sua vez, decidiram afogá-los, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, o imperador optou por decapitá-los.

Assim, os pacientes dos jovens médicos, os sepultaram como agradecimento pela cura. Anos mais tarde, seus restos mortais foram transferidos para uma igreja construída em sua homenagem pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Até hoje, Cosme e Damião são venerados como santos mártires por morrerem por testemunharem sua fé em Jesus Cristo.

A Simbologia de Cosme e Damião na Umbanda

Na época da escravatura no Brasil, os escravos africanos em busca de uma maneira de cultuar seus deuses e orixás, sem serem punidos, criaram uma maneira inteligente de enganar os senhores de engenho. Dessa forma, eles invocavam seus deuses com o nome dos santos católicos. Assim, os negros bantos identificaram São Cosme e Damião como Ibejis ou Erês, em um sincretismo religioso.

De acordo com a umbandista Clarissa Bones, os Ibejis ou Erês são divindades gêmeas e infantis, por isso a representação dos irmãos santos. Assim, eles trabalham incorporando nos médiuns atuando na saúde, limpeza espiritual, aconselhamento familiar além de serem muito alegres e arteiros.

Em algumas tradições Cosme e Damião são os filhos gêmeos de Xangô e Iansã, irmãos de Dou, Alaba, Crispim, Crispiano e Talabi. Representam pureza, inocência e bondade.

Com isso, os umbandistas realizam uma grande cerimônia dedicada a eles no 27 de setembro. Durante a festividade, se servem comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces e balas às entidades e frequentadores dos terreiros. Para eles, também são acessas velas rosa e azul claro.

Desse modo, o costume de distribuir doces e comidas às crianças no Dia de São Cosme e Damião, vem da Umbanda e do Candomblé.

Agora que você já conhece a história e o simbolismo dos santos gêmeos, aproveite as boas energias e faça a oração a seguir.

Simpatia de São Cosme e Damião

Sabemos que serem médicos, a especialidade dos irmãos sempre foi a cura. Por essa razão, vamos te apresentar uma simpatia . Sendo assim, se você está passando por alguma enfermidade ou algum familiar está doente, faça essa simpatia para Cosmo e Damião.

Em primeiro lugar, peça aos santos gêmeos a graça de cura de doenças. Faça um bolo em homenagem aos santos, com toda a fé e respeito. Quando o bolo estiver pronto e frio, enfeite ele.

Posteriormente, entregue a Cosme e Damião em um jardim ou praça acompanhado de duas garrafinhas de refrigerante, e duas velinhas pequenas (uma rosa e uma azul).

Acenda as velas com cuidado para não provocar incêndios. Ofereça tudo aos irmãos santos e peça a graça da cura da doença específica. Por fim, siga sem olhar para trás.

Em casos de cirurgias e procedimentos de risco, você pode pedir a intercessão de Cosme e Damião aos médicos e enfermeiros encarregados. Você verá como ela é milagrosa!

Fonte: DCI

Por que tocamos o solo 3 vezes?

Para os Nagôs, o Universo se divide em nove planos, sendo quatro superiores e quatro inferiores.

A Terra se localiza no plano intermediário, sendo chamado de plano astral terrestre. Através desse espaço chegavam à terra os Orixás e os ancestrais vindos dos outros planos. 
Os nagôs entendiam que os ancestrais e Orixás surgiam de dentro da Terra, assim, após a invocação de um Orixá ou ancestral, eles batiam três vezes no solo. 

O três representa na cultura nagô ação, movimento, expansão. O gesto de tocar três vezes o solo significa o “assim seja” ou, então, o “cumpra-se” aquilo que foi determinado pelos Sagrados Orixás. 

Esse procedimento também é repetido no solo na frente da tronqueira seguido do Paó (será abordado numa próxima), congá e dos atabaques (tambores). Pela batida cadenciada do atabaque, através da magia do som, os filhos da Terra pedem ajuda, chamando os guias e falangeiros , os ancestrais e os Orixás para que venham para nos auxiliar. 

No Brasil, os africanos, para consagrar o solo e transformar o terreiro em uma parte da África, enterravam relíquias trazidas e elementos encontrados aqui que ligavam aos Orixás transformando (ritualmente) o solo brasileiro em solo africano ”chão” dos seus orixás e ancestrais.

Fonte: Escola Batuque de Lei

Diferenças Básicas entre Umbanda e Quimbanda

Eis uma pergunta constante, que ronda os terreiros e assistência.

Onde estou? Que tipo “de linha” é a sua? No quê trabalha? Trabalha com Êxú?
Mas aqui se faz Umbanda?

Isso não é tão fácil de explicar, haja visto as diferenças regionais nesse país,
sem falar que há terreiros que aproximam-se mais de um do que de outro.
Desse modo, há os terreiros “puros”, ditos de “Linha Branca” (chamados
assim porque os uniformes são brancos, não sendo feitos de outra cor).
Há terreiros intermediários ditos de “linha Branca”, mas que também
trabalham com Exus.

Há os terreiros de Candomblé de Angola que tem giras de boiadeiros, que
nada mais são do que Caboclos, “encantados”.

Outros, praticam a Quimbanda “pura”, onde não há acesso para Caboclos e
Pretos-Velhos.

Alguns fazem Quimbanda, destinando um dia ou poucos para a chegada de
Caboclos e Pretos-Velhos, como festas anuais, com alguma orientação
espiritual desses quaisquer.

Outros de Nação (Culto de Nação, Batuque), mas que tem seus dias de
Umbanda ou praticam a Quimbanda.

Nesses “meios-termos” é que surgem as questões, as dúvidas…
Para tentar dirimir tanta confusão, iremos começar inspirando-nos e
adaptando o trabalho de Norton F. Corrêa (recomendamos aqui sua leitura)
que soube, magnificamente, dividir os cultos em três classificações básicas.
Outrossim, deixamos claro aqui que eliminamos os conceitos e a terceira
classificação regional do Batuque Sulino, no intuito de tornar nosso trabalho
aceitável em todo o país:

1. A Umbanda “Pura”, dita “Linha Branca”, “Magia Branca”, “Linha de
Caboclo” ou “Caboclo”
– Seu crescimento deu-se no início do século passado (1908).
– Elementos de origem banto, predominantes.
– O médium incorpora várias entidades e tem consciência que está
“incorporado”
– As entidades incorporantes são os “Guias”, Caboclos, Pretos-Velhos
e Orixás (ditos “Orixás de Umbanda(1)” (“mais relacionados ao
Candomblé Baiano”, segundo Norton).
– O uniforme é branco, semelhante aos uniformes de enfermagem,
para diferenciá-los do Africanismo.
– Pontos cantados em português, salvo algumas inclusões de
palavras africanas.
– Inexistência de sacrifício animal.
– O médium poderá sair do culto, tomando o cuidado de fazer os
devidos “desligamentos” e pedido de permissão às entidades.
– As sessões iniciam-se no início da noite e não ultrapassam a meianoite.
– Não há “assentamentos” quaisquer para os Guias (Caboclos, Pretos-
Velhos, Crianças/Yori), apenas imagens imantadas por esses guias
em gesso ou outros materiais.
– Reúne elementos culturais africanos, indígenas, orientais, espíritas
(“kardecistas”), europeus (principalmente portugueses).
– Os sacerdotes são chamados de “irmão, “irmã”, “Cacique”. Nunca
babalorixás, yalorixás ou muito menos babalaôs.
– Os terreiros são fiscalizados por Federações.
– São usados bebidas alcoólicas e tabaco, em uso mínimo.
– O salão é dividido em dois ambientes distintos para assistência e
corrente de médiuns. Ambos nunca se misturam.
– A autoridade dos dirigentes é menos rigorosa que em outros
segmentos afro-descendentes. Aceitam questionamentos e
respondem a todo tipo de pergunta.
– As casas mais tradicionais não se utilizam de tambor, apenas de
cantos ou palmas para acompanhar o ritmo. O tamboreiro sempre
será médium da casa.
– Colares de contas, sementes ou outros materiais em cores
variáveis.
– Possui “corpo doutrinário estabelecido e expresso (embasado no
Kardecismo) com ampla bibliografia na qual se buscam também os
conhecimentos rituais”.
– As sessões públicas são semanais.
– Só pode fazer “o bem” sendo que no máximo, pede-se “justiça
espiritual”.
– Os trabalhos são feitos em materiais simples, baratos. Pratica-se
em síntese a caridade sempre que possível.

2. “Linha Cruzada”, “Esquerda”, “Quimbanda”, “Linha Negra” ou “Magia
Negativa”
– Segundo Norton Corrêa, seu crescimento deu-se a menos de
quarenta anos atrás, provavelmente. É uma modalidade nova.
– As cores dos vestuários são coloridas, vibrantes, uso do preto. Uso
de muitos adereços, jóias.
– As cores do templo geralmente são pintadas em cores escuras.
– Não há a presença do estudo da doutrina espírita.
– As sessões podem ser semanais ou em espaços maiores.
– Fala-se que a casa é comandada por Exus ou “Eguns”.
– Inclusão necessária do sacrifício animal.
– Os sacerdotes são chamados de “dirigentes”.
– Não há a presença dos guias que alicerçam a Umbanda, tais como
Caboclos ou Pretos-Velhos ou “vêm” raramente, ou ainda pouco
orientam as diretrizes da casa. Os uniformes costumam ser
coloridos para essas entidades.
– Bebidas e tabaco são usados em grande quantidade.
– Colares de contas onde se apresenta a cor preta em suas
missangas.
– O tamboreiro pode ou não ser médium da casa. É permitido a
entrada de leigos para o uso dos mesmos.
– O médium sabe que incorpora, à semelhança da Umbanda.
– As sessões ultrapassam a meia-noite podendo prosseguir
madrugada adentro.
– Festas anuais de grande porte.
– A desvinculação ao culto é bem mais complicada do que na
Umbanda.

3. Meio termo
– Faz-se o “bem” e o “mal” simultaneamente, de acordo com a
necessidade da assistência.
– Os trabalhos são onerosos, variando muito de preço.



                         Texto extraido do livro “Exu Desvendado”. Miriam Prestes

O que é pedir Agô?

É um termo utilizado nas religiões afro-brasileiras e Umbanda, que significa pedir licença ou permissão, em outros momentos este termo traduz perdão e proteção pelo que se está fazendo. Tudo que realizamos no terreiro tem que ter Agô dos Guias Espirituais da corrente e dos nossos. Quando pedimos Agô, nosso Ori – Eu Interno – autoriza a assistência dos falangeiros, harmonizando-nos dentro da Lei de Pemba e de Xangô, sinalizando ao Astral que aceitamos os ritos e liturgias a serem realizados. Assim devemos ceder a nossa passividade mediúnica, angariando proteção e cobertura espiritual.

Exemplos do uso da palavra Agô:
Agô de Exu,
Caminhos abertos para a realização da bem aventurança e corpo fechado para enfermidades, cortes e demandas.
Agô de todos os Orixás, 
Para a saúde, abundância e prosperidade em nossos caminhos.
Agô a todo “povo da banda”; Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Boiadeiros, Ciganos…
Para sempre termos a misericórdia da atuação deles nos trabalhos.

Pérolas de Ramatis

Como funciona a Umbanda – Entenda as suas vertentes

Diversas religiões possuem vertentes para agrupar crenças ou segmentos diferentes. Algumas delas tem a sua divisão bem clara, porém em outras, encontrar uma definição para cada aspecto pode ser mais complicado. Como por exemplo, para entender como funciona a Umbanda, é preciso saber da existência das várias linhas e cada uma delas possui uma particularidade.

Existem diferenças desde a forma de doutrina até a organização do espaço. Uma linha da Umbanda possui relação direta com o espiritismo e nelas percebemos mais claramente as ideias de Kardec. Já as outras ramificações são mais voltadas para as religiões de origem africana e também cultuam os Orixás. E é assim como funciona a Umbanda, quer saber mais? Confira!

Entendo como funciona a Umbanda

Para saber como funciona a Umbanda, podemos dizer que a vertente mais kardecista é aquela conhecida como mesa branca e realizam maioritariamente sessões espíritas. A outra realiza sessões com pretos velhos, caboclos, utilizam os atabaques e tem característica mais africana.

As velas – Até agora falamos das influências africanas, indígenas e espiritas nesta religião e as velas vêm justamente do catolicismo. Os umbandistas também associam a cor da vela à determinada entidade. As velas verdes, por exemplo, representam as entidades das matas, as pretas e vermelhas Exú e assim por diante.

Os atabaques – As vertentes umbandistas que utilizam os atabaques o fazem porque acreditam ser importante ajuda na hora da incorporação do médium. E o modo como funciona a Umbanda obriga que as pessoas responsáveis por tocar o instrumento sejam consagradas, mas não são iguais os Ogans do Candomblé.

Como funciona a Umbanda e a mediunidade

A mediunidade é fundamental para a Umbanda, tendo em vista que o objetivo principal da mesma é promover a evolução do espírito por meio da caridade. O médium, também denominado de cavalo ou aparelho, cede seu corpo para que as entidades incorporem. Essas entidades vêm para atender pessoas que necessitam de ajuda espiritual para resolver problemas.

Sabendo como funciona a Umbanda, você entenderá que as oferendas, por sua vez, são usadas para que o espírito consiga exercer um maior controle sobre o médium. É uma espécie de agrado que também serve para fazer a limpeza do aparelho. Elas também podem ser realizadas de acordo com cada linha, cada entidade e o sacerdote responsável pela casa é quem vai orientar e organizar esses atos.

Fonte: Astro Centro

Como é a Sexta-feira Santa na Umbanda

A Igreja Católica celebra, na Sexta-feira Santa, a morte de Jesus, que foi crucificado. Enquanto isso, a sexta-feira Santa na Umbanda tem outro significado. Os Afro-umbandistas celebram o LOROGUN, que é quando os Orixás entram em guerra com o mal para trazer o pão de cada dia a seus filhos.

Os rituais da Umbanda também acompanham a Quaresma. Na Quarta-feira de cinzas, por exemplo, os Orixás da casa são vestidos e cada filho de santo lhes oferece a sua comida preferida. Os atabaques são lavados e guardados, e só são acordados no Sábado de Aleluia.

O que significa a Sexta-Feira Santa na Umbanda?

Para a Umbanda, a Semana Santa representa a criação do mundo, por isso, durante esse período, os Umbandistas se vestem de branco, principalmente na Sexta-feira Santa. Além da roupa branca, eles se alimentam somente com comidas dessa cor, como a canjica, arroz doce e pães. Esse é o dia em que os Orixás descem do Orún (mundo espiritual), para conhecer a grande criação de Olorum (Grande Criador, Divino, Deus criador de tudo).

Na noite de quinta para Sexta-feira da Paixão, os seguidores da Umbanda se protegem com seus contra-eguns. Eguns são espíritos que ainda não adquiriram um grau de consciência e muitas vezes ainda nem sabem que desencarnaram, e podem se tornar obsessores. Por exemplo, alguns se ligam a alguém encarnado para vivenciar seus vícios como álcool, droga ou sexo. Outros, por não quererem se afastar de um ente como esposa ou filho, sugam toda energia da pessoa, e ela fica como um vampiro zumbi, totalmente apática. O que acontece é que, nesta noite, Iansã está em guerra, e não pode afastar os eguns que estão rondando por aí.

A cerimônia da Umbanda

Na Sexta-feira Santa na Umbanda são oferecidos pratos a Oxalá, pedindo paz e prosperidade para o Terreiro e seus filhos seguidores.

A cerimônia de Fechamento do Corpo é feita na Sexta-Feira Santa na Umbanda, pois é um dia de grandeza energética do planeta. Nessa cerimônia, os guias espirituais se utilizam do magnetismo de ervas e alguns cristais, imantação solar e lunar e pemba (giz especial, fabricado com o pó extraído dos Montes Brancos Kimbanda e a água que corre no Rio Divino U-Síl) para fechar o corpo.

A pemba serve para riscar pontos nas pessoas e no chão, criando elos com o plano espiritual que emana vibrações, fluídos e energias diretamente no ponto riscado. Cada ponto tem seu próprio significado, mas só a Entidade que riscou o conhece.

Quanto à imantação nos centros de força, ela impede a ação de espíritos manipuladores de energia (eguns). Quando a entidade magnetiza o centro de força do médium, cria em volta dele um escudo que o protege, sempre respeitando a lei da sintonia, pois o médium continua com as conexões e afinidades que ele mesmo cria através de seu campo mental. Porém, o médium deve estar consciente de que, mesmo com o ”corpo fechado”, não está livre das sintonias que ele mesmo atrai, mas, se souber utilizar a carga energética adicionada aos chacras, com a imantação solar e lunar, ele pode dinamizar sua energia em um potencial incrível.

O objetivo do fechamento de corpo é deixar o médium preparado para todo tipo de trabalho. Milhões de espíritos são atraídos para tratamento, muitos deles sofrem, principalmente com a influência do vampirismo. Quando o médium passa por esse tratamento e está preparado, não absorve as energias desses espíritos durante os trabalhos de “descarrego”, protegendo o seu campo energético.

Que a Sexta-feira Santa na Umbanda seja com muita paz, e que o Pai Oxalá abençoe a vida e a família de todos, independente da crença espiritual.

Por: AstroCentro

Classificação moral dos Exús

Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado.

É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando a própria evolução.

O chamado “Exú Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.

Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele
podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exú com um espírito zombeteiro, mistificador, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Quiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de “Guias”.

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagões” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas.

E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.

CLASSIFICAÇÃO PELOS PONTOS DE VIBRAÇÃO DOS EXUS

Exus do Cemitério:

São Exus que, em sua maioria, servem à Obaluaiê. Durante as consultas são sérios, reservados e discretos, podem eventualmente trabalhar dando passes de limpeza (descarregando) o consulente.

Alguns não dão consulta, se apresentando somente em obrigações, trabalhos e descarregos.

Exus da Encruzilhada:

São Exus que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também
participam em obrigações, trabalhos e descarregos. Alguns deles se aproximam muito (em suas características) dos Exus do cemitério, enquanto outros se aproximam mais dos Exus da estrada.

Exus da Estrada:

São os mais “brincalhões”. Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas,porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas “brincadeiras” devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo.

ORGANIZAÇÃO E HIERARQUIA DOS EXUS:

Os Exus, estão também, divididos em hierarquias. Onde temos desde Exus muito ligados aos Orixás até aqueles Exus ligados aos trabalhos mais próximos às trevas.

Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em sete graus e a divisão está formada “de cima para baixo” :

TERCEIRO CICLO

Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus.
Neste Ciclo encontramos os chamados Exus Coroados. São aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções de mando.
São os chefes das falanges.
Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda.
Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium.

Apenas alguns médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu Coroado como o seu guardião pessoal.
São os guardiões chefes de terreiro.
Não mais reencarnam,já esgotaram há tempos os seus carmas.

Sétimo Grau – Estão os Exus Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda,temos Um Exu no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião

Sexto Grau – Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exus Chefes de Falange.

Quinto Grau – Estão os Exus Chefes de Sub-Falange.
São Sete Exus Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu Chefe de Falange, portanto, são 343 Exus Chefes de Sub-Falange.

SEGUNDO CICLO Contém o Quarto Grau.

Neste Ciclo encontramos os chamados Exus Cruzados ou Batizados. São subordinados dos Exus Coroados.

Já tem a noção do bem e do mal. São os exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da segurança de um terreiro.

O campo de atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas).

Estão ainda nos ciclos de reencarnações.

• Quarto Grau – Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus Chefes de Agrupamento e estão subordinados a cada Exu Chefe de Sub-Falange, portanto, são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.

PRIMEIRO CICLO

Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus.

Temos dois tipos de Exus neste ciclo :

Os Exus Espadados – São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.

Os Exus Pagãos (Kiumbas) – São subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o bem e o mal.

São conhecidos, também como “rabos-de-encruza”.

Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem.
Não são confiáveis, por isso.

São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias superiores.

Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada.São quiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus.

O campo de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos níveis
acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.

Terceiro Grau – Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes de Coluna e estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento, portanto, são 16807 Exus Chefes de Coluna.

Segundo Grau – Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exus Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de Coluna, portanto, são 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna.

Primeiro Grau – Estão os Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de espíritos nesta função.

Os Exus, em geral, não são bons nem ruins, são apenas executores da Lei.
Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos Exus.

7º Grau 7 – Chefes de Legião

6º Grau 49 – Chefes de Falange

5º Grau 343 – Chefes de Sub-Falange

4º Grau 2401 – Chefes de Grupamento

3º Grau 16807 – Chefes de Coluna

2º Grau 117649 – Chefes de Sub-Coluna

1º Grau ? – Integrantes de Coluna

Exus Coroados

Exus Cruzados ou Batizados

Exus Espadados e Pagãos Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis vibracionais,
onde os espíritos ligados à Terra, habitam.

Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo.

Os níveis estão mais relacionados com o mundo da consciência do que com o mundo físico, ou seja, são mais estados
de consciência do que um lugar fisicamente localizado.

Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta.

Portanto, quando vemos descrições de camadas
umbralinas localizadas em abismos sob a crosta terrestre, devemos entender que embora elas estejam localizadas com estes espaços físicos, elas estão no lado espiritual deste plano físico.

Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete Camadas Concêntricas Inferiores.

A divisão está sempre formada “de cima para baixo” : Camadas Concêntricas Superiores.
Sétima, Sexta e Quinta Camadas – Zonas Luminosas
Seres iluminados, isentos das reencarnações.

Cumprem missões no planeta. Estão se libertando deste planeta, muitos já estagiam em outros mundos superiores.

Quarta Camada – Zona de Transição Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos menores.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas – Zonas Fracamente Iluminadas.
A maioria dos espíritos que desencarnam,estão nestas camadas estão em reparações e aprendizados para novas reencarnações.

Superfície

Espíritos encarnados

Camadas Concêntricas Inferiores Sétima Camada – Zona Sub-Crostal Superior Espíritos sofredores de um modo geral que serão em seguida socorridos e encaminhados a planos mais elevados para adaptação e aprendizado,antes de reencarnarem

Sexta, Quinta e Quarta Camadas – Zona das Sombras, Zona Purgatoriais ou de Regeneração.

Espíritos sofredores purgando parte de seus carmas, e que serão encaminhados o mais rápido possível à reencarnação para novas provas e expiações.

Quarta Camada – Zona de Transição Entre as sombras e as trevas.

Zona de seres revoltados e dementados.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas – Zona das Trevas ou Zona Sub-Crostal Inferior Estes espíritos estão em estágio de insubmissos, renitentes e rebelados às Leis Divinas.

Caboclo Cobra Coral

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