Umbanda e a Linha dos Marinheiros

Umbanda é uma religião brasileira que combina elementos do catolicismo, do espiritismo e das tradições indígenas africanas. Uma das linhas dentro da Umbanda é a linha dos marinheiros, que é composta por entidades espirituais que são associadas ao mar e às atividades relacionadas a ele.

Os marinheiros na Umbanda são conhecidos por sua alegria e energia, e muitas vezes são vistos como protetores e guias para aqueles que trabalham no mar. Eles também são conhecidos por ajudar a curar doenças físicas e emocionais, além de ajudar as pessoas a superar desafios em suas vidas.

Os marinheiros na Umbanda são geralmente representados por entidades masculinas, como o Capitão da Marinha, o Marinheiro João, o Marinheiro Zé Pelintra, entre outros. Eles são frequentemente associados a instrumentos musicais, como o tamborim, o pandeiro e o reco-reco, e dançam em suas cerimônias para trazer alegria e energia positiva.

A linha dos marinheiros na Umbanda é uma das várias linhas dentro da religião, cada uma com suas próprias entidades espirituais e práticas. A Umbanda é uma religião inclusiva e aberta, que busca ajudar as pessoas a encontrar a paz, a cura e a orientação espiritual em suas vidas.

Conheça mais sobre a Linha dos Malandros na Umbanda

Por Nádia de Iansã

O Sagrado pelas energias dos excluídos, este é o significado dos Guias Malandros na Umbanda. Grande parte dessas entidades sofreram na verdade o preconceito racial

E passaram a viver à margem da sociedade com limitações para crescerem e se desenvolverem na vida neste plano.

Totalmente focados na felicidade, eles viveram da forma que puderam, carregando em seu estereótipo físico algo que na realidade não eram na maioria das vezes. O sorriso sarcástico no rosto era a forma de afastar as tristezas, pois lamentação não enche barriga, mas a fé no amanhã pode sim realizar diversos milagres, e era nisso que os Malandros acreditavam.

E foi por meio desse modo de enxergar as possibilidades e de saber lidar com as adversidades que esses espíritos ganharam força maior ao desencarnar, e passaram a ser respeitados e buscados como inspiração nos terreiros de Umbanda.

Não significa que o Malandro era santo, muitos realmente passaram dos limites por conta do tipo de vida que levavam. Porém, ao desencarnaram muitos deles alcançaram um grau de espiritualidade muito elevado ao compreenderem melhor a forma de enxergar a vida. Alguns, somente aprimoraram o que já sabiam, outros tornaram-se conscientes da verdadeira Luz, mas todos eles que trabalham na Linha dos Malandros se dispuseram a auxiliar aqueles que se encontram perdidos ainda em nosso plano.

Essa Linha é muito especial, pois mostra a aceitação do que é Divino para com aqueles que buscam o conhecimento, e ao mesmo tempo expressa para a sociedade o valor que tem o preconceito: nenhum sequer.

A malandragem ensinou a esses espíritos uma forma de erradicar o mau humor, e um jeitinho especial de encarar qualquer tipo de adversidade, por isso eles passaram a ser grandes professores nas Giras.

Os Malandros não são tipos de Exú, como algumas pessoas imaginam, por isso ao se falar de Exú Malandro não se refere especificamente a esta Linha.

Considerados de uma regência bem mista, os Malandros atuam na vibração da força de Ogum – pois são de estrada -, podem aparecer também na Esquerda com regência de Exú – como o famoso Zé Pilintra -, e ainda se apresentarem na cura, com uma fitinha branca em seu chapéu sendo regidos por Oxalá.

Esses Guias no Terreiro, são especialistas em curas, abrir caminhos, desmanchar magias ruins e proteção, por isso devem ser bem-tratados e levados a sério como qualquer outra entidade, pois são seres de Luz e mais elevados espiritualmente que nós.

De atitudes simples, muito fieis e justos, os Malandros não toleram mentiras e se alguém tenta de alguma forma enganá-los será facilmente desmascarado na frente de todos. Apreciadores de fumos, eles se apresentam no Terreiro vestidos elegantemente – tanto quanto gostavam durante a vida -, com suas camisas de seda ou listradas, chapéus de palha ou Panamá com detalhes em fita, alguns gostam de terno e usam sempre sapatos brancos ou bicolor.

Os movimentos que realizam que se assemelham a dança, na verdade é uma forma de limpar o ambiente de toda energia negativa presente. Seus passes e atendimento no geral são sempre alegres, realizados com um sorriso inspirador de quem conhece de perto a dor, mas que perdeu há muito tempo o medo dela.

Felicidade é o que define a Linha dos Malandros na Umbanda, alegria que dá forças de compreensão, traz energias para lutar, e sabedoria para entender que não estamos aqui para desfilar, e sim para crescermos com as dificuldades e evoluirmos durante essa fase que chamamos de vida.

Salve os Malandros!

Umbanda tem entidades amazônicas entre seus guias espirituais

Apesar de ter surgido no Rio de Janeiro, no século passado, a Umbanda, religião afro-brasileira, possui em suas práticas elementos singulares de cada região do país.

Antes de conhecer as influências amazônicas na crença, é preciso entender a sua origem, registrada mais especificamente no ano de 1908. Na época, um adolescente de 17 anos, chamado Zélio Fernandino de Moraes, morador de São Gonçalo, subúrbio do Rio de Janeiro, apresentava uma paralisia sem explicações, e quando os familiares o levaram a um centro espírita de Niterói, ele foi incorporado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, que o instruiu a formar a nova religião.

Segundo estudiosos, a entidade afirmava ter sido o frei jesuíta Gabriel Malagrida em sua vida passada, um grande taumaturgo e humanista, queimado vivo em Portugal, acusado de prática de bruxaria pela Santa Inquisição da Igreja Católica. O caboclo dizia que posteriormente reencarnou em solo brasileiro como um indígena.

A palavra “umbanda” é originária da língua quimbunda, de Angola, na costa Oeste da África e significa “arte de curar”. As crenças da umbanda misturam fundamentos de crenças africanas, espiritismo kardecista e catolicismo. É uma religião monoteísta, ou seja, acredita-se em um único deus supremo, o Olorum. Entretanto, há também outras divindades, conhecidas como os orixás. Os mais cultuados são: Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluaiê, Yemanjá e Yansã, dentre outros.

Todas as entidades são organizadas em linhas e falanges, com diferentes categorias: Caboclos, como os espíritos indígenas e boiadeiros; Pretos Velhos, espíritos de velhos escravos brasileiros; Exus, mensageiros dos orixás e que ‘dão’ caminho aos adeptos; Pombas Giras, identificadas como damas da noite e feiticeiras, são a versão feminina dos Exus; e Erês: espíritos das crianças.

Para cada falanges –  os grupos espirituais que trabalham para determinado orixá, há um coordenador, que está abaixo dos orixás. Por exemplo, o Exu Caveira é chefe de falange de um agrupamento que trabalha para o orixá Omolu e os seus missionários (falangeiros) irão incorporar na Terra, a mando e comando dele.

Entidades amazônicas

Segundo a mãe de santo Cleia, a Índia Neci é um exemplo de entidade nascida no território onde hoje é o Amazonas.

“A Índia Neci nasceu em terras amazonenses e em um certo dia, se perdeu e foi achado na tribo dos Guaranis, onde foi batizada. Ela também é bastante cultuada dentro da Umbanda”, conta.

Apesar de ser uma guia turca,  a Cabocla Mariana teria sido encantada na Amazônia. A linha dos encantados, assim como as demais, é formada por guias que já tiveram a experiência de viver neste mundo, com uma diferença: não sofreram o desencarne, e sim encantamentos.

Pintura representando cabocla Mariana | Foto: Reprodução
Mariana é chamada carinhosamente como D.Mariana, mas sofreu o encantamento ainda jovem, por este motivo às vezes é rebelde, mas com a fineza da uma princesa que foi em vida. Linda de pele clara e olhos claros, Mariana encanta as pessoas presentes em sua gira, aconselha em casos amorosos e familiares, mas não faz nada contrário ao amor, explicou a ialorixá.

Ainda de acordo com a mãe de santo, há milhares de entidades, das quais muitas são amazônicas e cultuadas por diferentes centros de umbanda.

Preconceito religioso

Assim como outras religiões de matriz africana, a umbanda enfrenta um cenário de intolerância religiosa. Foram 152 casos em 2018, um aumento de 5,5% em relação a 2017, segundo informações do Disque 100 do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Em comparação, as demais religiões, excluindo as de matriz africana, sofreram uma queda de 9,9% nas denúncias de discriminação no mesmo período.

Fonte: Em Tempo

Dia de Preto-Velho: conheça a história dessa entidade sábia e poderosa

Por João Bidu

No dia 13 de maio de 1888, Princesa Isabel assinou a lei de abolição da escravatura. Apesar da data ser marcada por esse acontecimento, a suposta libertação dos escravos é questionada até hoje, uma vez que não se preparou estrutura para que os negros escravizados pudessem sobreviver a uma sociedade racista, na qual a supremacia branca dominante esmaga, dia após dia, os direitos da raça negra.

Dia de Preto-Velho

Este dia representa alguns contextos históricos interessantes – na Umbanda, ele é comemorado como o dia de Preto-Velho. Os Pretos-Velhos são uma linha de trabalho de entidades dessa religião de matriz africana; são espíritos que se apresentam sob o arquétipo de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos, que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro.

Pai Antônio foi o primeiro Preto-Velho a baixar na Umbanda, por meio da mediunidade de Zélio de Moraes – teria sido um escravo em uma de suas encarnações. Foi também o espírito responsável pela inserção dos pontos cantados na Umbanda; enquanto esteve presente incorporando em Zélio Fernandino de Moraes, foi o responsável por grande número dos pontos criados.

O primeiro ponto de Umbanda nasceu logo na primeira sessão, quando Pai Antônio pediu seu cachimbo. Contando a história de sua passagem pela terra, ele explicou que, por ser um senhor de idade, não ia mais para o corte da lenha, mas quando foi buscar um feixe de lenha para a sua necessidade, se sentiu cansado, encostou no tronco de uma árvore e nunca mais acordou. Quando perguntado se sentia falta de alguma coisa, lembrou que o único bem pessoal que não pertencia ao senhor era o seu pito.

História dos Pretos-Velhos

Os africanos chegaram ao Brasil na condição desumana e cruel do tráfico de pessoas durante a escravidão. Pessoas negras de várias etnias foram sujeitas a viajar em um mesmo navio negreiro, em uma mistura forçada de Bantos, Congos, Angolanos, de Luanda, da Guiné e por aí vai. Destituídos de seus títulos por conta das guerras territoriais do seu continente, a população negra em nenhum momento foi fraca. Entre eles havia reis, rainhas, guerreiros e sábios, espalhados não apenas no solo brasileiro, mas por toda a Europa e Américas.

Quando chegaram ao Brasil, foram vendidos e escravizados. As mulheres tornavam-se amas de leite e cozinheiras na Casa Grande, enquanto os homens mais fortes eram tratados como reprodutores para manter a linhagem da escravidão. As senzalas onde viviam acabaram por se tornar o berço da resistência negra. Nelas, africanos das diferentes etnias eram obrigados a compartilhar um único ambiente, assim como nos navios negreiros.

Os senhores brancos acreditavam que o fato de não falarem a mesma língua e serem considerados inimigos em sua terra natal impediria qualquer motim ou rebelião. Mas não foi o que aconteceu. Os africanos, percebendo que independente do que eram em sua África Mãe estavam todos na mesma situação, pouco a pouco foram dialogando. Passaram a compreender e aceitar a cultura regional um do outro, seus costumes e crenças, achando semelhanças nas diferenças e tornando a união cada vez mais forte.

Aos poucos foram surgindo os levantes pela liberdade, os quilombos, as fugas. Muitos mantinham seu temperamento e sua fé e eram lenhados no tronco. Outros tantos davam guaridas e orientavam os mais fortes e jovens a buscarem o caminho para a libertação do povo. Assim, diretamente da resistência da população negra, surgem os Pretos e Pretas-velhas, entidades sábias, ancestrais, que voltam à Terra para guiar e amparar seus descendentes.

Fonte: Terra

08 de dezembro – Dia de Oxum

8 de dezembro é o dia de Oxum, orixá feminino das águas doces, da riqueza, do amor, da prosperidade e beleza.

Com Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de “Senhora do Ouro”.

Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais.

Oxum é sincretizada com Nossa Senhora

Oxum, orixá feminina das religiões afro-brasileiras (umbanda e candomblé) é sincretizada com diversas Nossas Senhoras sendo homenageada principalmente em 8 de dezembro.

Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

No Brasil é tradição montar a árvore de Natal e enfeitar a casa no dia 8 de dezembro, dia de N.Sra. da Conceição.

Oração para o Dia de Oxum trazer o amor verdadeiro

Oração para OXUM trazer o amor definitivo (Créditos na imagem)

Por Raizes Espirituais

04 de Dezembro – Dia de Iansã

Iansã é Orixá Guerreira, senhora das almas, dos ventos, das tempestades, dos raios e relâmpagos.

Em razão do sincretismo religioso, a imagem de Iansã está fortemente associada à imagem de Santa Bárbara, a Santa nascida no Século III e tida como protetora contra os relâmpagos e tempestades.

Iansã é um Orixá que teve seu culto nascido na Nigéria, mais especificamente nas margens do Rio Niger. Curiosidade é que  nome “Iansã” é um título que Oyá recebeu de Xangô. Esse título faz referência ao entardecer, Iansã = “A mãe do céu rosado” ou “A mãe do entardecer”. Assim, falar em Oyá ou Iansã é falar do mesmo Orixá.

O culto à Iansã chegou ao Brasil juntamente com os negros escravos. Certamente pela semelhança na regência das tempestades e relâmpagos, além de empunhar uma espada na mão, Iansã passou a ser sincretizada com Santa Bárbara.
Iansã também é tida como a senhora dos Eguns (mortos). Por isso, assim como saudamos Obaluaê no campo santo, também devemos saudar Iansã.
Por ser uma Orixá Guerreira, seu símbolo é o raio e a Espada. (Apenas por título de curiosidade, no candomblé, além da espada o símbolo de Iansã é o Irukerê, uma espécie de chicote feito com cauda de búfalo, o qual tem por finalidade conduzir os Eguns).
A cor de Iansã usada na Umbanda é o Amarelo.  (No candomblé e em alguns tipos de umbanda “traçada” (que misturam candomblé com umbanda) usam-se as cores vermelha, marron e rosa).
As oferendas para Iansã levam velas e flores amarelas, espadas de Iansã (igual as espadas de São Jorge, mas com as bordas amarelas), bebidas doces, frutas (em especial o melão) e  acarajé. São entregues, preferencialmente em bambuzais e pedreiras.
Seu dia da semana é a Quarta-Feira, dia que divide com o Orixá Xangô.
Seu dia do ano é o 04 de dezembro.
Sua saudação é “Epa hei ou Eparrei Iansã/Oyá!”
https://www.youtube.com/watch?v=5dDkMdMc7oY&feature=emb_title

Conheça a Pombagira Cigana

A Pombagira cigana é um dos vários tipos de pombagira. Pombasgira são, geralmente, figuras femininas extremamente sensuais que adoram vestir vermelho e preto sendo especialista em relacionamentos e amor, assim como outras interpretações a veem como uma mulher que sofreu muito e fez outras pessoas sofrerem também.

Em sua essência, a pombagira cigana também carrega algumas dessas características. Para a cultura cigana, as mulheres são a maioria dentre as entidades e, também, são encarregadas do sagrado. Por isso, são figuras de extrema importância. Daí que a entidade da pombagira cigana acaba por ser a síntese de todos os espíritos ciganos.

Por ser uma entidade de enorme importância, ela internaliza praticamente todas as crenças e conhecimentos dos ciganos. Além disso, ela também tem como uma de suas características a inquietude e desejo de liberdade. Isso é uma incorporação das jovens que são contrárias às regras e convenções sociais, por isso esse espírito de liberdade.

Ela normalmente se coloca como uma típica cigana em suas vestes, com um vestido vermelho com detalhes em dourado, brincos de argola, lenço na cabeça e muitas bijuterias. Ela se mostra como uma vidente incrível e, por isso, muitos médiuns a incorporam a fim de trazer suas previsões.

A POMBAGIRA CIGANA E SEUS EFEITOS NA SUA VIDA

Devido a sua grande quantidade de conhecimentos e sua vitalidade e amor à vida, a pombagira cigana acaba por incorporar essas características em suas ações. Ela normalmente é uma entidade cheia de vida, que traz otimismo e a diversão consigo, despreocupada e desprendida dos problemas aprendendo, portanto, a superá-los de maneira leve.

Ao contrário do que é normalmente creditado a pombagira, ela não é um símbolo ou uma entidade ruim. Ainda assim, a sua personalidade muitas vezes é egocêntrica e coloca-se na frente de tudo e todos. Mais ainda, o divertir-se a qualquer custo é algo que se apresenta, o que acaba trazendo um desprendimento da realidade em favor da diversão.


POMBAGIRA CIGANA: AMOR E RELACIONAMENTOS

A sensualidade e beleza da pombagira cigana faz com que ela seja uma entidade especialista nos assuntos do coração. Normalmente ela é invocada também para fazer amarrações, uma vez que é raro homens conseguirem ir contra os poderes dela. Ela une as pessoas no amor e pode abrir – ou fechar – os caminhos para esse amor.

Isso não significa, porém, que a pombagira cigana seja invocada apenas para esses trabalhos. Ela também ajuda com problemas sentimentais, assim como alguns problemas burocráticos e até judiciários. É normal que esses trabalhos sejam acompanhados de oferendas para a entidade, como jóias, perfumes e cigarros.

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20 de janeiro é “Dia de São Sebastião” sincretizado com Oxóssi, patrono da linha de caboclos

Dia 20 de janeiro comemoramos o “Dia de São Sebastião” sincretizado pela igreja católica com o orixá Oxóssi.

Oxóssi na umbanda é considerado patrono da linha dos caboclos, atuando para o bem-estar físico e espiritual dos seres humanos.

Oxóssi é o orixá da caça e da fartura.

20 de Janeiro, Dia de Oxóssi

Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Oxóssi para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e fartura desse orixá, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas no trabalho e desemprego.

Afinal; a busca pelo pão-de-cada dia, a alimentação da tribo costumeiramente cabe aos caçadores.

Por suas ligações com a floresta; pede-se a cura para determinadas doenças e, por seu perfil guerreiro, proteção espiritual e material.

O habitat de Oxóssi é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde na umbanda, e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada.

Sendo assim; roupas, guias e contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais como penas e sementes.

Oxóssi é patrono da linha de caboclos

Os caboclos, na umbanda, são entidades que se apresentam como indígenas e incorporam também no candomblé de caboclo.

As entidades assim denominadas que se apresentam nos terreiros de umbanda são espíritos com um alto grau espiritual de evolução.

Geralmente se utilizam de charutos, folhas, ervas diversas para provocar a descarga espiritual de seu médium e também do seu consulente.

Alguns assoviam, outros bradam no ato da incorporação.

Costumam ser bastante sérios nos seus conselhos. São considerados, portanto, grandes trabalhadores dos terreiros e eficientes feiticeiros do bem.

Saiba mais e participe das comemorações da “Obrigação Anual de Caboclos” realizada todo dia 20 de janeiro clicando aqui.

Oração a São Sebastião

Glorioso mártir São Sebastião, soldado de Cristo, e exemplo de cristão.
Hoje vimos pedir a vossa intercessão junto ao trono do Senhor Jesus,
nosso Salvador, por Quem destes a vida.

Vós que vivestes a fé, e perseverastes até o fim, pedi a Jesus por nós
para que sejamos testemunhas do amor de Deus.

Vós que esperastes com firmeza nas palavras de Jesus, pedi-Lhe por nós,
para que aumente a nossa esperança na ressurreição.

Vós que vivestes a caridade para com os irmãos, pedi a Jesus para que aumente o nosso amor para com todos.

Enfim; glorioso mártir São Sebastião, protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra; defendei as nossas plantações e os nossos rebanhos,
que são dons de Deus para o nosso bem e para o bem de todos.

E defendei-nos do pecado, que é o maior de todos os males.
Assim seja.

Oração a Oxóssi

“Meu pai Oxóssi! Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!

Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária para suportarmos as dificuldades a serem superadas.

Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.

Dai-nos paciência para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!

Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!

Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!”

Por Raizes Espirituais

Veja os pontos de Maria Navalha

As malandras surgiram a partir dos anos 50, com o surgimentos de uma

entidade, que ninguém conhecia, chamada Maria Navalha.

Dona Navalha surgiu num terreiro de Umbanda Omolocô (Umbanda traçada

com Candomblé – Independente da Nação sendo ela, Ketu, Djeje Mahin, Angola)

e como até hoje, os Malandros infelizmente são tratados como Exus , ela foi

e ainda é em alguns lugares considerada ou tratada como Pombagira, pois

muitos terreiros, não fazem gira de Exu separada da de Malandros.

Ela incorporou numa jovem que estava a pouco tempo na religião, tinha características de malandro, ainda que com feminilidade, mais era encantadora,

uma entidade diferente, e que atraiu a curiosidade das pessoas da religião na

época.

Desde então alguns anos se passaram, e ela continua a brilhar nos terreiros de Umbanda, com todo seu charme e beleza exótica, depois conforme os anos foram passando surgiram outras Malandras, todas ligadas aos seus campos de atuação (trabalho).

Normalmente as Malandras fazem par com os Malandros de seus Médiuns, exemplo: Malandra do Morro e Malandro do Morro. Mas isso não é necessariamente uma regra, pode acontecer de serem de diferentes locais, isso depende da evolução do médium, da afinidade do mesmo com as entidades de luz e de como irão trabalhar, para evolução de si mesmos e do próprio médium.

 

 Coisas de Malandra:

Cores : Vermelha, Branca e Preta
Guia: Vermelha e Branca
Indumentária: Roupas nessas cores ; Vermelha, Branca preta, muito raro o tom dourado.
Chapéis: Chapéu Panamá, com Fita vermelha, ou preta, também podem usar chapéu branco (sem fitas), podem usar lenços em seus chapéus ou para enfeitar seus cabelos antes de colocar o chapéu, podem colocar rosas ou cravos vermelhos ou branco no chapéu.

Algumas qualidades de malandra gostam de chapéu preto e outras gostam de cartola baixa. Raramente gostam de cartola alta, quando gostam são nas cores tradicionais (Branca e Vermelha)

Algumas usam Calça branca, vermelha ou estampada com estas cores.

Já outras usam Saias, com estampa vermelha e branca, saia branca, saia vermelha, saia com dados, naipes ou cartas de baralho.

Gostam de Blusa listrada (Vermelha e Branca), ou nas cores Preta, Vermelha, Branca. Também gostam de Roupas de seda (como algumas qualidades de Malandro). Também raramente, algumas Malandras, gostam de uma camisa branca (De botões) por cima da camisa listrada.

Flores: Rosas vermelhas, rosas brancas, cravos vermelhos e brancos, também gostam de flor de chuvisco.

Fumo: Cigarros de palha, Cigarros de filtro vermelho ou Cigarros com sabor. Existem ainda as raras exceções de Malandras que fumam Charuto.

Bebida: Cerveja Branca, Cerveja Preta, Batida, Pinga de Coquinho, Conhaque e raramente Whisky ou cachaça (pinga).

Objetos: Dados, Navalha, Punhal, Baralho.

Pontos de força: Lapa, Cabaré, Morro, Esquinas, Encruzilhada, Cais do Porto, Cruzeiro das Almas, Calunga (Pois como nossos amigos Malandros, trabalham também com as almas)

São boas amigas, trabalham ajudando as pessoas a largas vícios (Drogas e Álcool) também trabalham desmanchando magia negra, trabalham para assuntos financeiros, e as vezes até tiram seus protegidos e protegidas de enrascadas, também trabalham para amor

 

 

 

São gentis, simpáticas, as vezes sérias, sempre muito bem vestidas, elegantes, e bem arrumadas, são vaidosas, gostam de receber presentes e adoram perfumes e batons (Principalmente na cor vermelha)

As vezes surgem nomes de entidade, se denominando Malandra, mais nem sempre são, pois como é uma linha nova, existem pessoas que inventam de má fé, nomes que não existem.

 

Alguns nomes de Malandras e Malandrinhas.

Malandra Maria Navalha e sua Falange:

-Maria Rosa Navalha

– Maria Navalha do Cabaré

– Maria Navalha da Lapa

– Maria Navalha da Calunga

– Maria Navalha das Almas

– Maria Navalha da Estrada

– Maria Navalha do Cais

E outras Malandras…

– Malandra 7 Navalhadas

– Malandra 7 Navalhas

– Malandra Maria 7 Navalhas

– Malandra do Cabaré

– Malandra Rosa do Cabaré ou Rosa Malandra do Cabaré

– Malandrinha do Cabaré

– Malandra Maria do Baralho e Malandra do Baralho

– Malandra do Morro ou Malandrinha do Morro

– Malandra da Lapa ou Malandrinha da Lapa ; Malandra do Cabaré da Lapa

– Malandra Rosa da Lapa

– Malandra das Rosas Vermelhas dos Arcos da Lapa

– Malandra da Rosa Vermelha ; Malandra Rosa Vermelha ( Sendo ela da Lapa, Cabaré)

-Malandrinha das Rosas Vermelhas ; Malandrinha da Rosa Vermelha

– Malandra das Almas ou Malandrinha das Almas

– Malandra das 7 Encruzilhadas

– Malandra Maria do Cais ; Malandrinha do Cais ; Malandra da Beira do Cais

– Malandra 7 Saias do Cabaré

– Malandra da Estrada ; Malandrinha da Estrada

– Malandra da Bahia ; Malandrinha da Bahia

– Malandra Maria da Boêmia

– Malandra dos Arcos da Lapa

Salve as nossas Amadas Malandras na Umbanda, Salve a Malandragem!
Que Deus possa sempre Iluminar sempre essas falanges que tanto nos quer Bem!

 

Oxum Ipondá

Osun rainha da cidade de Ipondá (Nigéria) é conhecida por sua altivez e por sua classe.
Porém não pense que ela é uma rainha “dondoca”, isso não é verdade: IPONDÁ É GUERREIRA!

Ela não é uma guerreira violenta e sim estrategista, se entra na batalha é pra vencer, caso não haja possibilidade de vitória pela força bruta, ela sabe ser política e diplomata. Iponda é a mulher que levanta a voz diante do povo, fala e é sempre notada e ouvida, a palavra de Iponda tem valor.

Caminha com todos os Orisas reis, os Oluayê senhores de Terras como Ogun, Sango, Alaketu, Obaluaye, Olufon, Elegibo e todos os grandes Obás; Também caminha com Erinlé que foi seu primeiro homem.

“Filha de Oloroke ela é a Osun que pariu o príncipe Ologunedé.”

Existe uma declarada rivalidade entrega Ipondá e a Yabá Opará e, em umas dessas batalhas Ipondá cegou Opará e por castigo de Olorum, Iponda se tornou a guia, a cuidadora de Opará após a cegueira.

O assentamento de Ipondá é como uma jóia preciosa de tão belo.

Iponda é a mulher dourada!
A língua de Iponda é direta e afiada, ela não volta atrás em sua palavra e o que ela diz se torna lei!

Os filhos de Ipondá são os de queixo elevado, os que passam por qualquer desavença de cabeça erguida, não há o que os perturbe e o que mais prezam é o bom nome e a dignidade. Não se vê filho de Ipondá passando vergonha ou constrangimento, eles calculam cada passo para que a coroa jamais caia de sua cabeça. Comumente são donos de Oyês e de cargos em seus Ilês.

Ore yeye!

Pérolas da Macumba

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