A Umbanda, enquanto religião rica em ensinamentos espirituais e morais, possui uma visão clara e detalhada sobre questões relacionadas ao comportamento humano, incluindo o adultério e a infidelidade. Essa visão é baseada no respeito ao livre-arbítrio, no valor do amor e na integridade do campo vibratório dos indivíduos.
A VISÃO DA UMBANDA SOBRE A PROMISCUIDADE
Na Umbanda, a promiscuidade sexual é vista como extremamente prejudicial. A multiplicidade de parceiros sexuais pode desintegrar o campo energético de uma pessoa, trazendo danos não apenas espirituais, mas também físicos. O ato sexual é considerado um profundo ato de amor, que deve ser praticado com consentimento mútuo. Qualquer violação desse princípio, como forçar o ato sem o acordo de ambas as partes, é uma grave infração contra a lei do livre-arbítrio, considerada sagrada para os umbandistas.
O AMOR COMO FUNDAMENTO DAS RELAÇÕES
Para a Umbanda, o que une duas pessoas em um relacionamento deve ser o amor. Enquanto esse sentimento perdurar, a relação é considerada válida e saudável. No entanto, quando o amor desaparece, a relação tende a se desfazer, pois não consegue sobreviver sem seu principal alicerce. Dessa forma, a Umbanda não é diretamente contra o adultério, mas o condena em essência, pois ele representa a ausência de amor e respeito dentro da relação.
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE ADULTÉRIO NA UMBANDA
1. É justificável o adultério quando há grande afinidade entre os adúlteros?
Assim como não se justifica o roubo por necessidade, o adultério não é justificado por afinidade. Apesar de as leis humanas descriminalizarem o adultério, ele continua sendo um crime perante as leis divinas.
2. E se ambos encontram o par de suas vidas fora do casamento?
Essa situação geralmente ocorre sob o efeito da paixão, que é uma péssima conselheira. Muitas vezes, a dissolução da união anterior causada pelo adultério leva a decepções, mostrando que a idealização inicial não correspondia à realidade.
3. E aquele ditado segundo o qual nada acontece por acaso? Um encontro dessa natureza estaria programado pelo destino?
É comum atribuir ao destino os desvios causados por nossas próprias fraquezas, como a exaltação da libido e o prazer da conquista. No entanto, essas fraquezas são características humanas que não justificam o adultério.
4. Há casos em que duas pessoas, convivendo por força de compromissos sociais e profissionais, experimentam uma grande afinidade e acabam se envolvendo…
O adultério acontece quando a afinidade ultrapassa os limites da amizade e cai na passionalidade. Isso geralmente ocorre porque as pessoas alimentam fantasias além dos limites do relacionamento saudável.
5. A relação deveria ficar contida em certos limites?
Não é proibido ter amizade e carinho por outra pessoa, mesmo que ambos estejam comprometidos. O sentimento deve ser mantido no âmbito do amor platônico, sem alimentar fantasias sexuais ou sentimentos de posse.
6. Não é complicado conter um relacionamento dessa natureza nos limites do amor platônico?
Depende da pessoa. Aqueles que valorizam o sexo terão mais dificuldade, enquanto os que cultivam os valores do espírito podem conviver tranquilamente com pessoas que lhes são queridas sem sucumbir a desejos inconfessáveis.
7. Às vezes, o envolvimento extraconjugal é tão forte que os envolvidos deixam suas famílias para se unirem. Não têm direito à felicidade?
A felicidade construída sobre a infelicidade alheia é precária. Se a união de ambos causa sofrimento a terceiros, eles serão responsabilizados por isso, em co-participação com os males que venham a atingir suas famílias.
8. E se o indivíduo se casa muito jovem e, anos depois, encontra a pessoa que seria o verdadeiro par de sua vida?
Alegações de destino geralmente são fantasias para justificar defecções. Mesmo que procedentes, é necessário considerar os compromissos assumidos durante a vida, especialmente quando há filhos envolvidos.