O Benzimento é uma prática muito antiga. Benzer significa tornar Bento ou Santo. Presente em muitas culturas, o benzimento ganhou força no período da colonização junto aos imigrantes que aqui chegaram. Vale lembrar que os próprios índios aqui já estabelecidos praticavam seus rituais de cura dentro de um conjunto de orações no seu próprio dialeto.
No quadro dos colonos, tínhamos duas classes predominantes no Benzimento: as parteiras e os benzedeiros.
As parteiras eram as mulheres especializadas em partos e, um bom parto se fazia rezando, enquanto os benzedeiros eram homens que tinham um dom de rezar e benzer, seja com as próprias mãos, seja com um objeto de sua preferência.
O Benzimento atendia as necessidades mais precárias da população onde o acesso a um médico era muito restrito.
O Benzimento se dá no conjunto de rezas, na formulação de garrafadas, seja de proteção ou de dosagem. Existem Benzimentos para proteção de casas, crianças, animais de estimação, plantas, proteção do corpo e de espírito. O bom Bento, ou seja, aquele que realiza o Benzimento, se torna uma ferramenta prática de auxílio ao próximo e a ele mesmo.
Para um bom Benzimento, não existe hora e nem lugar, não importa o dia e nem a Lua: o que importa é a força que o Bento usa na expressão e aplicação do verbo, pois benzer é fazer um jogo de palavras com poder de ação no etérico, no físico.
O Benzimento se aprende dentro de uma tradição na qual quem sabe e foi preparado ensina quem precisa, independente de crença ou religião. Sendo assim, o Benzimento é livre a qualquer pessoa que queira aprender.
Fonte: Umbanda Eu Curto