O rapé tem seu uso bastante difundido na região norte do Brasil. Os índios brasileiros já o utilizavam quando chegaram os europeus, de uma forma ritual, bem diferente do que se conhece hoje.
Existem vários tipos de rapé, várias formas de prepara-lo, e vários fins para utiliza-lo. Desde os rapés mais simples, usados como simples expectorantes; até rapés de extremo poder e força tais como Virola, Pariká, Yopo etc. considerados como enteógenos, colocando, dessa forma, o rapé no hall de plantas psico-ativas utilizadas pelos índios das florestas brasileiras.
Esse rapé possui um alcalóide ativado pela combustão da casca de Tsunu durante a sua confecção, por isso as propriedades medicinais são intensas.
Para os Yawanawa, o rapé, a mistura da cinza com tabaco, pode expulsar qualquer coisa ruim e malefício que possa estar atrapalhando a vida da pessoa, agindo no ponto em que a pessoa necessita.
Também temos informações de que esse alcalóide foi bastante utilizado eficazmente contra várias doenças tropicais.
A casca de Tsunu, considerado pelo farma-cêutico brasileiro Gustavo Peckolt (1861-1923) uma das 10 plantas medicinais brasileiras mais importantes, é empregada na medicina popular para tratar malária, inapetência, má digestão, tontura, prisão de ventre e febres. Sua madeira serve para a construção e para a fabricação de cabos de ferramentas.
Os índios usam rapés para entrar na mata para se harmonizarem com os seres da floresta.