O enfeitiçamento pode efetivar-se pela força do pensamento, das palavras ou objetos imantados, que produzem danos a outras criaturas. O feitiço verbal resulta de palavras de crítica antifraterna, maledicência, calúnia, intriga e maldições. Seu autor é responsável perante a Lei do Carma e fica sujeito ao “choque de retorno” de sua bruxaria verbal, segundo a extensão do prejuízo que venha a resultar das palavras ou gestos desfavoráveis ao próximo.
Quando a criatura fala mal de alguém, essa vibração mental atrai e ativa igual cota dessa energia das demais pessoas que a escutam, aumentando seu feitiço verbal com nova carga malévola. Assim, cresce a responsabilidade do maledicente pelo caráter ofensivo de suas palavras, à medida que elas vão sendo divulgadas e apreciadas por outras mentes, atingindo então a vítima com um impacto mais vigoroso do que o de sua força original.
Evidentemente, a pessoa que fala mal de outrem só por leviandade, há de ser menos culpada espiritualmente de quem o faz por inveja, ódio ou vingança. No primeiro caso, as palavras não possuem a força molesta própria de uma deliberação malévola consciente. Porém, quem se concentra na ação deliberada de prejudicar alguém, elabora seu próprio infortúnio.