A balança de Xangô

No normal eu nunca aconselho a ninguém seguir os caminhos que eu optei por trilhar na minha vida, porque sempre escolhi os mais difíceis, e não raramente me perguntam, mas será que lá na frente você não vai se arrepender de tudo o que abriu mão, de tudo o que está perdendo?
É interessante pensar nisso e como nosso pensamento tende ao prejudicial neh, o que eu estou perdendo, mas toda balança funciona dos dois lados, se eu estou perdendo de um lado, do outro eu estou ganhando, e o que eu estou ganhando com tudo isso?
Esse “Olhar de Xangô”, vamos dizer assim, nem sempre é espontaneamente praticado, e é difícil fazer uma pessoa entender que quando abre mão de alguma coisa, aquela mão está livre para alcançar outra, porque no normal sempre se tem a impressão de se estar perdendo mais do que se ganha.
Algumas vezes sim, outras não, esse “desequilíbrio” entre essa compensação geralmente vem de acordo e equilíbrio com a medida que nós colocamos em todas as coisas, porque num geral nós sempre procuramos perder pouco e ganhar muito, e quando a lei do retorno nos apresenta essa compensação nos sentimos injustiçados, porque nós costumamos ter memória fraca pra tudo o que vem ao nosso favor, nunca aceitamos ganhar menos, mesmo que isso significa mais amanhã, sempre queremos tudo de uma vez.

Será que isso explica a desigualdade que encontramos em todos os lugares e frequentemente dentro da nossa casa?

Pense nisso.

Sabedoria de Preto Velho

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