A Umbanda é totalmente contra a promiscuidade sexual, pois a multiplicidade de parceiros, é muito prejudicial a faixa vibratória de qualquer ser humano. Ela praticamente desintegra o campo energético do indivíduo promiscuo, e isso certamente lhe traz danos ao físico.
Para Umbanda qualquer ato de amor, e o ato sexual é visto como um profundo ato de amor, só deve ser praticado, quando ambos parceiros estão de acordo com a pratica. No caso de uma das partes não concordar com o ato, constitui falta gravíssima, pois está indo de encontro à lei do livre-arbítrio. Para nós, umbandistas o livre-arbítrio, é uma lei divina, que deverá ser sempre respeitada.
Para a Umbanda o que une dois seres humanos no casamento ou relação deve ser o Amor, Enquanto este perdurar, há relação. No entanto acabando esse sentimento de amor, a relação tende a ser desfeita, pois não sobreviverá a sua falta. Assim a Umbanda não é diretamente contra o Adultério, mas o é na sua essência, pois é contra a uma relação que se sustenta sem o principal elemento: o Amor. Caso ainda houvesse Amor, a relação se bastaria entre o casal e certamente não haveria necessidade de traição e ou adultério.
01 – É justificável o adultério quando há grande afinidade entre os adúlteros?
Seria o mesmo que justificar a ação do assaltante que rouba por estar com fome. Embora descriminado perante as leis humanas, o adultério permanece um crime perante as leis divinas.
02 – E se ambos encontram o par de suas vidas fora do casamento?
Normalmente isso ocorre sob inspiração da paixão, que é péssima conselheira. Sempre sugere que encontramos a mulher ou o homem de nossa vida. Quando se consuma o relacionamento, geralmente com a dissolução da união anterior que o adultério provocou, ambos descobrem, na prática, que não foi como imaginaram.
03 – E aquele ditado segundo o qual nada acontece por acaso? Um encontro dessa natureza estaria programado pelo destino?
O destino tem costas largas, principalmente nos casos de adultério. É fácil atribuir-lhe desvios que nascem de nossas próprias mazelas. A vocação para a conquista amorosa, a exaltação da libido, o prazer de despertar desejo, a satisfação pelo olhar correspondido, a fantasia passional, são fraquezas que caracterizam o comportamento humano, favorecendo envolvimentos que não tem nada a ver com o destino.
04 – Há casos em que duas pessoas convivendo por força de compromissos sociais e profissionais, experimentam uma grande afinidade. Acaba acontecendo um envolvimento forte, a que ambos não resistem…
A possibilidade de adultério ocorre a partir do momento em que a afinidade entre o homem e a mulher deixa os limites da amizade para cair na passionalidade. Geralmente isso acontece porque as pessoas dão asas à imaginação.
05 – A relação deveria ficar contida em certos limites?
Não é proibido um homem ter amizade e carinho por uma mulher, e vice-versa, mesmo que ambos já estejam vinculados a compromissos conjugais. É um sentimento gratificante, o chamado amor platônico, desde que não alimentem fantasias sexuais e o sentimento de posse. a partir daí surgem os problemas.
06 – Não é complicado conter um relacionamento dessa natureza nos limites do amor platônico?
Depende da pessoa. Indivíduos que vivem em função dos sentidos, que valorizam o sexo, terão muita dificuldade. Já aqueles que cultivam mais os valores do espírito, sublimando os impulsos sexuais, conseguem conviver tranqüilamente com pessoas ligadas ao seu coração, sem se arderem em desejos inconfessáveis.
07 – Ás vezes o envolvimento entre duas pessoas, em ligação extraconjugal, é muito forte, tão forte que não resistem ao impulso de largarem as respectivas famílias para se unirem. E vivem relativamente bem. Não têm direito à felicidade?
Precária é a felicidade que edificamos sobre a infelicidade alheia. Se ambos eram casados e deixam cônjuge e filhos para realizar seu desejo, serão responsabilizados, em regime de co-participação, por males que venham a atingir suas famílias em face de sua ausência. André Luiz diz, com muita propriedade, que se a nossa felicidade é alicerçada sobre a infelicidade alheia, responderemos por isso.
08 – E se acontece o contrário? Se o indivíduo se casa muito novo, em face de um envolvimento passional e depois de alguns anos encontra aquela que seria a mulher de sua vida, com quem planejara unir-se antes de reencarnar? Não será justificável que vá ao encontro de seu destino?
Alegações dessa natureza geralmente são meras fantasias para justificar nossas defecções. ainda que procedentes, há que se considerar que nossos desvios, em relação ao que fora planejado na espiritualidade, geram compromissos que se sobrepõem aos anteriores e devem ser observados, principalmente quando há filhos
Fonte: Escola de Umbanda / Luz e Umbanda