A postura do médium nas sessões de caridade

Abrir os trabalhos de caridade é “destrancar” nosso templo interior de medos, recalques e preconceitos para sermos “ocupados” pelos Guias Espirituais. Todos participando de um mesmo ideal – doação ao próximo -, somente com a calma interior, abstraindo-se dos pensamentos intrusos que preenchem a mente com as preocupações ligadas às inseguranças diárias da sobrevivência da matéria, esvaziando o psiquismo periférico sintonizado aos sentidos ordinários do corpo físico, indo ao encontro do verdadeiro Eu Interno, a essência espiritual imorredoura e atemporal que anima cada um de nós, em silêncio e serenados, conseguiremos ser instrumentos úteis de trabalho aos nossos mentores, enviados dos Orixás.
Por mais que tenhamos elementos de ritos, defumação, atabaques, folhas, cheiros e sons, que nos dão as percepções que nos estimulam por meio de símbolos, que podem ser visuais, sonoros ou estar em palavras faladas e alegorias litúrgicas, é somente por meio da elevação psíquica interna de cada membro da corrente mediúnica que poderemos chegar ao padrão vibratório coletivo necessário ao alinhamento com as falanges espirituais que nos envolvem de maneira consciente, efetiva e amorosa.
A criação da verdadeira egrégora coletiva se dará na medida que todos os membros de uma corrente estejam conscientes de que tudo acontece no plano sutil, oculto as nossas percepções sensórias ordinárias, não sendo um simples formalismo ritualístico, repetitivo e enfadonho para podermos começar uma sessão.
Infelizmente, muitas vezes certos médiuns e assistentes estão desconcentrados, olhando para os lados, absortos, entediados, atentos ao relógio, com os semblantes pesados, cheios de preocupações e, não por um acaso, ao final dos trabalhos, não estão bem com algum espírito sofredor “colado” em suas auras, pois afim atrai o afim, carecendo esses médiuns de atendimento e dedicação dos demais membros da corrente.

– livro INICIANDO NA UMBANDA
http://livrariadotriangulo.com/

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