A homossexualidade se define por uma atração desenvolvida entre pessoas do mesmo sexo. Em geral essa atração nem sempre leva a contato físico, mas, platonicamente a um amor entre dois indivíduos de mesmo sexo.
Há a homossexualidade feminina, também, chamada por lesbianismo, termo derivado de Lesbos, nome de uma ilha do Egeu, na qual, a poetisa Safo guiava um grupo de mulheres.
A atitude social em relação a homossexualidade, atualmente, vem sendo tratado de forma mais pacífica, com maior ou menor grau de tolerância e aceitação, de uma cultura para outra.
Na Grécia antiga, a homossexualidade chegou a ser considerado uma forma de amor, suplantando, em certos aspectos, até mesmo ao heterossexualismo. Mas, as sociedades posteriores, principalmente, as ocidentais condenaram tal sistema.
Na Idade Média, os homossexuais eram condenados à tortura e à morte. Em Paris, até meados do século XVIII, os homossexuais eram sentenciados à fogueira. Nos EUA, em pleno século XX havia em alguns estados as leis cominando o homossexual até a prisão perpétua.
A tentativa de explicar, cientificamente, o fenômeno da homossexualidade somente ocorreu a partir do século XIX, quando então as buscas de fatores de hereditariedade, assim como estudos antropométricos e dosagens hormonais, resultaram inúteis, não provaram nada. No entanto, após a abordagem neuropsicológica começa-se a entender e explicar melhor a questão.
Freud, no começo do século XX tenta explicar a homossexualidade masculina a partir de intensa ligação edipiana do filho com a mãe. Freud explica que o filho na puberdade identifica-se com a mãe, e é incapaz de renunciar a ela como objeto sexual, transforma-se nela e passa a buscar objetos a que possa amar e de que possa cuidar da mesma forma como foi amado e cuidado. Quanto a homossexualidade feminina, Freud explica, que seria obrigada após a fase fálica, a trocar o clitóris pela vagina como órgão sexual, mudando, também, o objeto de seu amor, ou seja, troca a mãe pelo pai. Nessa dupla passagem de esforço psíquico, a filha mulher pode identificar-se com o pai ou com uma mãe virilizada e regredir a uma virilidade sem confundir com a fase fálica infantil.
Toda essa teoria freudiana serviu de excepcional importância para esclarecer os aspectos do comportamento humano e para retirar a questão do terreno moral. Mas, apesar desse esforço freudiano, a questão ainda perdura na mente de algumas pessoas como uma manifestação patológica, sendo, também, por muitos cada vez mais contestada.
Os profissionais da psicologia, psiquiatria e da psicanálise consideram o homossexual, tanto masculino como o feminino, indivíduos imaturos, que ainda não amadureceram de todo e por causa disso é incapaz de se relacionar plenamente com o sexo oposto. Além disso, a idéia de que os homossexuais são doentes, passiveis de cura, em grande parte contribuiu para a aceitação da classe, a tolerância e a liberdade de expressão no contexto da sociedade atual. Haja vista, as paradas dos homossexuais reivindicando seus direitos como cidadão brasileiro e seu espaço como parte integrante de uma sociedade democrática.
Quanto ao espiritismo de Umbanda, a questão da homossexualidade é encarada através do sistema reencarnatório, explicando segundo Allan Kardec, no “Livro dos Espíritos”, item 202, o seguinte: “O Espírito passa por diversas formas de reencarnações, ora em posições de feminilidade, ora em posições de masculinidade”. Eis a razão do fenômeno da bissexualidade, mais ou menos acentuada em quase todas as criaturas. Emmanuel completa a explicação da homossexualidade dizendo o seguinte: “A inversão sexual reencarnatória obedece a dois imperativos os de” missão “, (O Espírito enverga roupagem física oposta à sua atual estrutura psicológica para garantir-se contra o afastamento afetivo); ou de” expiação “da bissexualidade de masculinidade”. Assim o Espiritismo define o assunto com mais objetividade, para todas as pessoas sendo ou não adepto do espiritismo. Mesmo assim, muitas pessoas não acreditam na definição da homossexualidade à luz do Espiritismo, preferindo classificar a questão pelo lado patológico; outros, por desvio de comportamento; sem perceber que se trata de um fenômeno nascido da natureza humana com ramificação na espiritualidade. Para o espiritismo pouco importa a roupagem externa, se homem, ou se mulher, o que mais importa são as provas pelas quais o espírito encarnado irá passar. Logo, a homossexualidade é uma atração que nasce e se cria entre elementos do mesmo sexo, sem às vezes terem contato carnal.
Diretor de Culto
Joel Santos
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